
Gavião Arqueiro: Parceiros, Certo? - Crítica do Chippu
Episódio 4 reforça o melhor e o pior da série até aqui

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O texto a seguir contém spoilers de "Parceiros, Certo?", quarto episódio de Gavião Arqueiro
Permitam-me um adendo pessoal antes de entrarmos neste quarto episódio de Gavião Arqueiro. Meu primeiro review, cobrindo os dois capítulos iniciais, foi publicado antes da estreia da série e, portanto, não conteve spoilers. Semana passada, quando o ótimo terceiro episódio foi ao ar, eu estava de férias e viajando, por isso não tivemos texto aqui. Tendo explicado a ausência, vamos lá...
Ao longo dessa temporada, Gavião Arqueiro tem buscado ter o melhor de dois mundos. Por um lado, ele tenta adaptar o seminal quadrinho de Matt Fraction e David Aja sobre Clint Barton (Jeremy Renner) de saco cheio com a vida, vivendo em Nova York e lidando com a incompetente Máfia dos Agasalhos, curtindo o Pizza Dog e aprendendo a conviver com Kate Bishop (Hailee Steinfeld). Por outro, esse é mais um projeto do MCU, cheio de ambições futuras e conexões necessárias. Com o quarto episódio, "Parceiros, Certo?", o equilíbrio aperfeiçoado semana passada começa a dar lugar à máquina de, como dizem os créditos, uma produção Kevin Feige.
Na prática, esse capítulo começa a segunda metade de Gavião Arqueiro. Por conta da simplicidade da narrativa, o roteiro pode não parecer estar avançando rapidamente, mas na realidade, não faltam muitos mistérios ou resoluções para aparecer. Os Agasalhos, nossos heróis descobrem, são financiados por uma empresa de fachada, e seu CEO é ninguém menos que Jack Duquesne (Tony Dalton), juntando os dois lados da história e colocando os mundos de Clint em Kate em definitiva colisão e apontando a direção final da temporada. O provável vilão é o padrasto sombrio - e quem sabe Eleanor (Vera Farmiga), que não parece muito feliz de ter um Vingador próximo aos seus negócios - e para fazer os Agasalhos e Eco (Alaqua Cox) deixarem Kate em paz, Barton precisará interferir na vida familiar de sua nova aprendiz.
E por isso é estranho quando a inevitável aparição de Yelena Belova (Florence Pugh) interfere o progresso da narrativa. Para boa parte dos fãs, a entrada da personagem - um acontecimento predeterminado na cena pós-créditos de Viúva Negra - é motivo de alegria. De fato, a ideia de ver Pugh e Steinfeld - duas das mais energéticas e carismáticas estrelas do MCU - contracenando, se tornando rivais, amigas e eventualmente Vingadoras, é fantástica. Elas são as duas melhores adições em termos de elenco ao Universo nessa ainda inicial Fase 4, e os olhares trocados pelas duas em sua luta climática já deixa claro o potencial presente nessa dinâmica.
Em termos de roteiro, porém, a presença de Pugh marca a maior interferência do MCU maior nessa pequena bolha natalina. De fato, não podemos descartar uma possível ligação entre Belova e outro personagem (Eleanor ligou para alguém, afinal), mas por hora, sua presença parece uma obrigação contratual como a menção do Capitão América e Homem de Ferro em Eternos. Algo que precisa acontecer porque estamos numa série da Marvel. Eco, cujo próprio derivado já está confirmado, e a sombra de Wilson Fisk já haviam adicionado fatores externos suficientes ao enredo, mas as explicações dos roteiristas para suas inclusões até aqui fizeram muito sentido, particularmente levando em conta as ideias de um confronto contra a máfia ou a perda de audição de Clint. Tematicamente, era simples.
Belova, até onde sabemos, é só uma conexão com o resto do MCU numa série cuja melhor qualidade, até aqui, é seu mundo pequeno. E novamente, este mundo é a melhor parte do episódio. A pequena celebração natalina de Clint e Kate é um dos momentos mais divertidos e tocantes da série, mostrando o Vingador veterano baixando cada vez mais a guarda para a novata, simultaneamente se divertindo pra valer ao lado dela, e também revelando seus traumas interiores. A verdade sobre Natasha e sobre seu tempo como Ronin são abordadas numa conversa honesta reforçando, mais uma vez, como Renner e Steinfeld tiram o melhor um do outro, seja em comédia ou drama.
Semelhantemente, quando os LARPers retornam e se envolvem com os dois, o potencial cômico é novamente muito bem aproveitado pela equipe criativa. A ideia de que o uniforme do Gavião Arqueiro virá deles se encaixa bem aqui, mais uma vez forçando Clint a lidar com personagens e dinâmicas totalmente fora de seu mundinho. Steinfeld, como de costume, segue a melhor parte da série. A atriz se deleita com todo o material que recebe e é praticamente impossível não nos divertirmos ao lado dela.
Clint e Kate terminam o episódio separados. A presença de uma Viúva eleva o nível da ameaça para outro patamar e faz o Vingador, assombrado pela morte de Natasha e pelo desejo de Eleanor de não perder sua filha - algo muito bem compreendido por um homem que já perdeu a sua - significam que é hora das crianças irem para casa. Faltando dois capítulos para o fim, porém, sabemos que essa decisão é temporária. Ainda bem. Clint e Kate, juntos, são a essência desta séria. Quanto menos distrações, melhor. Só queremos passar mais tempo com eles.
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