De acordo com o Hollywood Reporter, a chocante demissão de Victoria Alonso, produtora e presidente de pós-produção e efeitos visuais do Marvel Studios, não foi apenas pelos problemas com efeitos visuais dos filmes e séries do estúdio. Ela também violou seu contrato com o lançamento do filme Argentina, 1985.

Em matéria sobre os bastidores da demissão, a publicação revelou que a produtora assinou um contrato em 2018 que lhe proibida de trabalhar para outros estúdios. Fontes do THR dizem que Alonso não deu pediu permissão para trabalhar como produtora no longa-metragem, distribuído pela Amazon e indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional.

Quando a Disney descobriu, seu status de veterana fez com que a empresa lhe oferecesse uma perdão pela quebra de contrato desde que ela não trabalhasse mais no filme. Alonso, nascida em Buenos Aires, contudo, continuou promovendo o longa e aparecendo em eventos (como o Oscar) para promovê-lo, apesar de avisos constantes.

Enquanto isso, a qualidade de efeitos visuais da Marvel começou a cair. Alonso. Os produtos da divisão chefiada por Alonso têm sido o alvo de críticas constantes e isso começou a se traduzir em bilheteria. O grande começo da Fase 5 do MCU, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, chegou apenas a US$ 463 milhões na bilheteria. O número significa que o filme talvez fique no prejuízo.

Alonso entrou na Marvel em 2006 como chefe de efeitos visuais e pós-produção, e foi produtora em todos os filmes da primeira fase do MCU, desde o primeiro Homem de Ferro. Em 2012, ela foi promovida para produtora executiva em Os Vingadores, posição que ela ocupou em produções subsequentes do estúdio, incluindo na série do Disney+.

Sua saída vem num momento de instabilidade na Marvel, que desde de 2020 vem sofrendo críticas pela qualidade e quantidade de preocupações, com aprovações de críticos e fãs diminuindo e, agora, números inferiores de bilheteria. Uma das principais reclamações é em relação aos efeitos visuais do estúdio, área comandada por Alonso.

Em meio a isso, o ex-CEO da Disney, Bob Iger, retornou ao comando da empresa, prometendo cortes nos gastos e reestruturando seus braços para focar em bilheteria e franquias de sucesso. Na Marvel, isso se transformará em menos lançamentos por ano. Em 2023, por exemplo, Invasão Secreta e Loki devem ser as únicas séries do estúdio.