
The Morning Show debate a influência da tecnologia na mídia em sua terceira temporada
Drama da Apple retornou com novos episódios na última quarta-feira (13)

Notícias
Como todo programa de notícias, The Morning Show têm se apoiado em questões latentes e atuais para pautar os seus episódios. Em sua estreia em 2019, na esteira do movimento #MeToo, o drama da Apple estrelado por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon abordou o machismo e o sexismo latentes em Hollywood, encarnados na figura de Mitch Kessler (Steve Carell). No ano seguinte, a grande questão foi o impacto da pandemia à medida que ela se aproximava dos Estados Unidos.
Agora, na terceira temporada, a série aborda um tema que pode não ser tão inédito, mas certamente tem um impacto gigantesco e atual na sociedade: a intersecção entre a tecnologia e seus negócios com a mídia. Boa parte disso é encarnado na figura de Paul Marks (Jon Hamm), um bilionário do setor aeroespacial que surge como potencial comprador da emissora UBA.
Apesar do timing, esse assunto é algo que já estava no escopo do programa desde o princípio, de acordo com o produtor executivo Michael Ellenberg. “No piloto, tem uma cena ótima com Cory (Billy Crudup) e Chip (Mark Duplass), onde eles discutem o futuro da rede de televisão, e Cory um discurso brilhante que pode ser relevante para toda a série: ‘este é o fim da TV aberta tradicional como a conhecemos. A menos que nos reinventemos corretamente, seremos todos comprados pelo setor de tecnologia”, explicou Ellenberg em entrevista ao Chippu.
De acordo com Ellenberg, este é um tema que vem se desenvolvendo há anos, mas agora atingiu um ponto crucial. “Com as greves em Hollywood, o Twitter sendo comprado por Elon Musk, parece que está tudo mudando e nossa série sempre tem como objetivo falar sobre o que está acontecendo, o que mais importa agora, mas também olhar por baixo dos panos e observar estes assuntos em um nível humano”, revela.
O objetivo, claro, é apontar sobre como as potenciais mudanças na UBA afetarão a equipe do Morning Show, das apresentadoras Alex Levy (Aniston), que retorna ao programa com relevância redobrada dentro e fora da rede após seu enfrentamento da COVID em nível pessoal, com um programa lançado nos primeiros dias da pandemia, mas também de Bradley Jackson (Witherspoon) e toda a equipe nos bastidores.
“Como estes empregos cheios de valores e princípios podem se manter quando todo o cenário ao seu redor está mudando? E, talvez, o prédio no qual você está esteja literalmente desabando enquanto você tenta trabalhar?”, questiona Ellenberg. “Foi um jeito delicioso de desafiar nossos personagens e vê-los sob circunstâncias únicas, mas também uma oportunidade de explorar o que estas pessoas estão imaginando, e dar uma janela sobre como é este trabalho em todos os níveis.”
As questões da nova temporada não deixam de se espelhar nas experiências pessoais do próprio Ellenberg, que foi vice-presidente de programação da HBO e agora produz uma série premium para um serviço de streaming de uma das gigantes da tecnologia por meio de sua companhia de produção, a Media Res. “Foi algo que me trouxe para esta série. Eu poderia explorar o que experimentei diariamente, e acho que é válido para todos nós no programa, e isso certamente inclui Jennifer Aniston e Reese Witherspoon, e como elas passaram por diferentes versões da indústria”, conta.
A nova temporada também traz um dos maiores desafios até agora na série: o de balancear arcos de personagem em um dos elencos mais recheados de talento da TV na atualidade, que, além das duas estrelas que protagonizam a série, ainda conta com nomes como Greta Lee, Billy Crudup e Mark Duplass, cuja participação cresceu em importância no segundo ano e deve aumentar ainda mais no terceiro.
“Há uma tensão permanente que nossos personagens enfrentam no dia a dia. Tomos temos dilemas que não têm respostas fáceis, certo? Então, queremos ver os personagens nessas situações e como eles lidam com elas, de uma maneira que o público possa se ver na mesma situação, e temos um elenco que consegue fazer nos conectarmos com eles. Então, nossos personagens mal parecem ser pessoas horríveis, mesmo quando estão fazendo coisas horríveis, e essa é um pouco a magia desta série”, conta.
apple
the-morning-show
jennifer-aniston
reese-witherspoon
michael-ellenberg
bruno-silva
Você pode gostar
Ruptura gerou mais de US$ 200M para Apple e América Latina tem maior audiência
Série já voltou fazendo barulho

Como Eliminar Seu Chefe | Jennifer Aniston quer Zendaya e mais
Jennifer Aniston quer também Sydney Sweeney e Ariana Grande no filme

Ruptura volta aos escritórios da Lumen com trailer da 2ª temporada
Série retorna ao Apple TV+ em janeiro de 2025

Ruptura: 2ª temporada deve receber trailer amanhã (23), veja contagem regressiva
Série retorna em 17 de janeiro para o Apple TV+
