Oscar: Ranking dos 10 indicados a Melhor Filme

Oscar: Ranking dos 10 indicados a Melhor Filme

Qual é o melhor entre os 10 indicados ao grande prêmio do Oscar? Veja

Equipe do Chippu
21 de março de 2022 - 11 min leitura
Notícias

Chegamos na semana do Oscar. Talvez você já tenha visto os 10 indicados a Melhor Filme na premiação mais prestigiada do cinema, ou talvez esteja, agora, indo atrás de assisti-los (todos estão disponível no Brasil, veja onde). Se você está nessa segunda situação e quer correr pra vê-los, esse ranking é seu maior aliado. Aqui, vamos te ajudar a saber quais devem ser suas prioridades.


10. Não Olhe Para Cima
parece mais uma ótima coleção de esquetes, algumas engraçadas, algumas interessantes e algumas cansativas. Bem-comportado e previsível, seu humor nunca traz a sensação de ser realmente transgressor, audacioso ou deliciosamente perverso. Os comentários feitos sobre capitalismo, ganância e política são divertidos, mas pautados no óbvio e esperado. Ainda que haja uma clara temática por trás de sua ideia, McKay nunca dá a impressão de querer fazer um “filme-mensagem”, algo digno de crédito, mas o diretor parece incapaz de adicionar algo realmente único ao debate aqui retratado. Talvez ele esteja satisfeito sendo apenas parte do discurso, se perdendo no barulho já existente. Leia nossa crítica.


9. Belfast
é um filme simples. Apesar de flertar com temas maiores, o trabalho de Branagh aqui é mais voltado para celebrar suas próprias memórias e se deleitar na viagem ao passado, buscando levar a audiência numa jornada idiossincrática de uma comunidade microscópica, cuja extensão é de uma ou duas ruas no bairro da cidade de Belfast, durante um tempo de incerteza e medo, mas também de descoberta e amor. Não faltarão comparações entre Belfast e Roma, de Alfonso Cuáron, mas, em termos de direção e roteiro, as lembranças do cineasta mexicanos trouxeram um produto muito mais complexo e rico. Leia nossa crítica.


8. O Beco do Pesadelo talvez tenha sido vítima de sua maior qualidade: o encanto. No circo, e nos temas ali presentes, o deslumbramento do cineasta corre vivo, brilhando em sua escuridão e fascinando no macabro, mas ao se afastar do ambiente mais criativo, ele se torna menos eficaz, menos preciso, seus truques, como os de Stanton, começam a ser desmascarados. Mas como bom mágico, del Toro faz um trabalho primoroso. Olhar por trás da cortina nem sempre arruína a magia. Às vezes, isso aumenta nossa admiração pelo autor do golpe. Essa verdade é encapsulada pelo excelente final do filme, previsível em seus acontecimentos, mas gloriosamente melancólico em sua execução ironicamente ácida. Leia nossa crítica.


7. King Richard: Criando Campeãs,
cinebiografia de Reinaldo Marcus Green sobre Richard Williams e seu esforço para lançar as carreiras de tênis das filhas Venus e Serena Williams, é quase à prova de desgosto. Focado na ascensão e dificuldades de suas figuras totêmicas do esporte, ele já tem bastante a seu favor: superação, família, preconceito, baseado em fatos reais. Adicione a isso o estrelato de Will Smith no papel principal e você está na posição para suceder. E sim, King Richard sucede como um dos filmes mais agradáveis de 2021, tão fácil de se assistir como uma partida vencida por uma das irmãs por 2 sets a 0. O domínio completo, porém, quase diminui o espetáculo. Leia nossa crítica.


6. No Ritmo do Coração
nunca esconde sua partitura, mas ao emplacar os mais belos instrumentos e vozes, cantá-la e tocá-la com tanta emoção e sinceridade, pouco nos importa saber qual é a próxima nota da música antes da hora. Só queremos ouvi-la. Talvez o melhor exemplo disso seja o clímax do filme, no qual Ruby precisa cantar para garantir sua bolsa em Berklee e o faz misturando a voz com a linguagem de sinais, unindo os dois mundos nos quais caminha. Para deixar a mensagem ainda mais clara, a canção escolhida é “Both Sides Now” de Joni Mitchell, seminal clássico da cantora na qual ela diz ser capaz de enxergar os dois lados da vida agora. Fica óbvio, claro. Mas graças à belíssima direção de Heder e à atuação comovente de Jones, o momento nunca fica artificial. Leia nossa crítica.


5. Duna
de Denis Villeneuve conta com duas horas e meia de duração e adapta apenas a primeira metade do livro, encerrando exatamente no ponto no qual Herbert finaliza a parte inicial do romance. Essa é uma narrativa de proporções épicas. Aliás, este adjetivo, épico, tão abusado e banalizado, é quase um eufemismo aqui. A escala faz jus ao material base. Melhor visto num IMAX, o longa-metragem filmado nos Emirados Árabes Unidos conta com vistas majestosas, efeitos especiais da mais alta qualidade e um escopo assombroso; ao seu lado, as mais caras produções da Disney parecem brinquedos. Villeneuve sabe a importância do impacto visual ao adaptar Duna, e por meio de naves, criaturas, estruturas gigantes e design de personagens, entrega quadro após quadro de energia cinemática visível. Leia nossa crítica.


4. Amor, Sublime Amor
era um dos grandes sonhos do diretor Steven Spielberg, e relembrar, ou mesmo conhecer, a obra em seu olhar é uma experiência mágica, com um grande potencial para virar um novo clássico, deixando a antiga versão para as gerações passadas. Spielberg respeita a trama original, principalmente as canções do eterno Sondheim, - que faleceu algumas semanas antes do lançamento - e ainda consegue trazer uma modernidade para a obra. Leia nossa crítica.


3. Drive My Car
tem uma natureza além do metalinguístico. Ele transcende seu idioma, expressa suas ideias no texto e subtexto, convidando personagens e audiência a aprofundar sua relação com a arte. É irônico, ou mesmo adequado, que este seja o único indicado a Melhor Filme do Oscar de 2022 cujo principal idioma não é inglês. Sua declaração de arte como laço universal entre pessoas, a ferramenta através da qual Yûsuke - e muitos de nós - encontramos o caminho para a autorreflexão necessária, se torna ainda mais grandiosa ao ser colocado num palco internacional, discursando para todos os povos o valor, o poder e até a necessidade das histórias ao nosso redor. O texto questiona, demanda uma resposta, Yûsuke diz para seus atores. Qual será a nossa? Leia nossa crítica.


2. Ataque dos Cães
, criar dois personagens tão complexos, transforma cada interação entre eles (e as pessoas ao seu redor) num jogo de xadrez emocional. Uma leitura superficial de cada cena revelará o estado básico de cada um deles; a fera da fazenda e o bom menino da alta sociedade - cada um desdenhando e desejando o outro. Quando George se casa e traz Rose para morar no rancho Burbank, as tensões crescem exponencialmente. Phil se vê como uma espécie em extinção no mapa mental de George, cujas críticas do irmão se tornam mais ousadas, mesmo se a maneira tímida com as quais elas são expressadas permanece. O roteiro de Campion não cansa de revelar novas camadas sobre seus protagonistas, cada um enquadrando suas ações numa perspectiva inédita e diferente, mas cuja lógica é tão clara, que é se torna impossível imaginar outra saída para o desenvolvimento destas figuras. “É claro,” você pensará ao conhecer os lados mais íntimos de Phil e George. Leia nossa crítica.


1. Licorice Pizza
examina seus dois protagonistas de forma diferente mas complementar. Para Alana, esta é uma história de crescimento, saindo da impressão de maturidade para a verdadeira vida adulta, na qual ideais superam diversão em importância. Se ela vê o fruto da maior idade se formando, Gary, por sua vez, está prestes a dar os primeiros passos na jornada, ainda ignorante de como o mundo não gira ao seu redor. Os dois atores, dotados de rostos com linhas e imperfeições mais realistas do que 99% do que é visto em filme (algo reforçado pela pouquíssima maquiagem aplicada neles), temperam cada cena da dupla, das fofas às extrovertidas, com honestidade e humanidade, desaparecendo em seus papéis não através da transformação física mas pela total entrega sentimental, pela sua própria vontade de estar com esses personagens. Isso, aliás, explode pelos cantos da tela do cinema. Filmado em 35mm, Licorice Pizza tem o ruído e contraste típicos de película, favorecendo closes e dando ao seu belíssimo visual um caráter de sonho. Ou melhor, de memória. A memória de Gary e Alana. De Hoffman e Haim. Eles estão relembrando. Vivendo novamente. Leia nossa crítica.

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