
Marvel e DC na CCXP: Evento sinaliza futuro do cinema pós-heróis
Entre os dois estúdios, há apenas um filme com grande destaque no evento. Fora deles, há vários.

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Se você passear pela CCXP 2023, notará como a presença dos filmes de Marvel Studiose DC Studios está menor do que em anos passados. No lugar de onde poderia estar o próximo Batman ou Homem-Aranha, vemos grandes destaques para Duna: Parte Dois, Godzilla e Kong e Rebel Moon. Há, claro, Aquaman 2: O Reino Perdido, que entra em cartaz em dezembro e a Marvel tem um cantinho para a série Eco em sua loja, mas... onde está Deadpool 3? E Coringa 2? Onde está Kevin Feige para anunciar o elenco de Quarteto Fantástico?
Não é acidente. A posição única da CCXP no calendário como última convenção de grande porte antes do fim do ano faz o evento refletir o hype do que está prestes a sair, e isso, neste momento, significa menos capas, máscaras e super-poderes.
Entre os dois estúdios, há apenas dois lançamentos agendados para 2024 nos cinemas (os novos Deadpool e Coringa). Nos próximos doze meses, o cinema de heróis será mais abastecido pela Sony Pictures (presente no evento só com Feriado Sangrento) com três derivados do Homem-Aranha (sem Homem-Aranha em nenhum deles) — Madame Teia, Venom 3 e Kraven, O Caçador — do que por suas duas principais fornecedoras. Os motivos incluem a greve dos atores, má recepção de filmes recentes e mudanças estratégicas significativas.
Claro, há heróis por toda parte na CCXP. Os quadrinhos, cosplays e colecionáveis que lotam a maior parte das atrações da feira trazem os personagens e franquias em diversos tamanhos, variantes e cores, mas com exceção da grande ativação de Aquaman 2, que terá um painel com a presença de Jason Momoa e James Wan, é curioso notar como quem em outros tempos parecia tomar conta do pavilhão está ofuscado.
No fundo, isso é algo bom. 2023 foi marcado pelo fracasso em bilheteria, crítica e/ou aprovação de fãs de diversos lançamentos de Marvel e DC (As Marvels, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, Shazam! Fúria dos Deuses, Besouro Azul e Flash decepcionaram) e a boa vontade uma vez reservada para essas marcas agora se estende a alguns poucos nomes; normalmente os mais diferentes, como Homem-Aranha Através do Aranhaverso.
Para a Marvel, 2024 será um momento de reestruturação, e o primeiro ano em um longo período onde o estúdio tem apenas um blockbuster. Para a DC, o filme do Coringa com Joaquin Phoenix e Lady Gaga representa uma pausa entre o fim do antigo DCEU, que termina com Aquaman, e o começo do novo, encabeçado por James Gunn, com o Superman de 2025. O longa do inimigo do Batman existe em sua própria continuidade, e traz uma proposta adulta cujo foco promocional é traduzido não em convenções, mas sim festivais de cinema.
O público precisa de um respiro, e isso não acontece só no que está em cartaz, mas também em eventos de fãs como a CCXP. Se Marvel está praticamente ausente e DC só trouxe um filme, o entusiasta veio em peso-pesado. Filas ocupam os arredores das paredes estampadas por Wonka, Furiosa: Uma Saga Mad Max, Argylle - O Superespião, além de, claro, Barbie.
Gera-se um sabor novo, e muito bem-vindo. Não há dúvidas de que em dezembro de 2024, quando lançamentos de 2025 como Quarteto Fantástico e Superman: Legacy estiverem a alguns meses de distância, Marvel e DC voltarão a seus postos como principais atrações da CCXP. Em 2023, porém, o evento tem um caráter único, além de ser um vislumbre no que será o ano menos voltado para heróis no cinema desde que Tony Stark declarou ser o Homem de Ferro.
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