Jurassic World: Domínio - Crítica do Chippu

Jurassic World: Domínio - Crítica do Chippu

Mirando na homenagem, encontro de gerações de Jurassic Park constata sem querer a superioridade do filme clássico

Bruno Silva
30 de maio de 2022 - 4 min leitura
Notícias

É curioso como Jurassic Park seguiu exatamente a mesma trajetória quando conseguiu seu reboot nos cinemas em 2015 com Jurassic World. Enquanto o primeiro filme fez um estrondo na bilheteria ao atualizar os visuais de sua história clássica, o segundo filme não conseguiu o mesmo sucesso. Não é coincidência que Jurassic World: Domínio tente quebrar a sina ao unir justamente as duas eras da franquia.


O grande chamariz do filme é justamente unir o núcleo de personagens criado com a nova trilogia, de Owen Grady (Chris Pratt) e Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) com o trio de doutores do primeiro filme, consagrado por Laura Dern, Jeff Goldblum e Sam Neill. Mas a promessa de promover o encontro do novo com o clássico que o inspirou é interrompida por muita coisa no meio do caminho.

O filme segue a história do ponto onde o segundo longa parou, com os dinossauros vivendo soltos mundo afora e a humanidade se questionando como conviver com estes predadores. Os dois núcleos vão vivendo em paralelo no filme, com Owen e Claire protegendo a jovem Maisie Lockwood (Isabella Sermon) de perigos revelados no segundo filme e o trio clássico, capitaneado por Ellie Satler (Dern), em busca de uma solução para uma misteriosa praga de gafanhotos gigantes que ameaça destruir a cadeia de distribuição de comida global.

As duas narrativas acabam convergindo para um santuário criado pela megacorporação Biosyn, que abriga dinossauros recolhidos por governos mundo afora, em uma clara alusão a Ilha Nublar e tantos outros palcos de filmes da franquia. Mas, até chegar lá, muita coisa acontece, em um filme de ritmo arrastado e que se prolonga muito mais do que deveria em uma tentativa de criar empatia e impacto com os personagens mais novos.


As primeiras cenas do filme, que mostram pteranodontes criando ninhos e voando livremente por metrópoles, surgem para dar uma sensação de normalidade, de que os dinossauros fazem parte do cotidiano. Mas o filme exagera nessa noção, deixando em alguns momentos as criaturas completamente em segundo plano.


Na tentativa de resolver as pontas soltas deixadas pelo segundo longa, Jurassic World: Reino Ameaçado, a sensação maior é de que estamos vendo um filme de ação genérico com dinossauros ao fundo, o que pode até funcionar em qualquer outro longa, mas fica completamente fora de contexto quando estamos falando de um Jurassic Park.


No lento ritmo dos braquiossauros, a trama vai se arrastando até chegar em um terceiro ato redentor no santuário da Biosyn, juntando todos os personagens que queremos. Jurassic World: Domínio acaba brilhando apenas quando permite exercitar suas maiores forças: o elenco de veteranos e os momentos em que tiranossauros e outras criaturas tocam o terror, em mais uma reedição do primeiro Jurassic Park.


Nessa comparação eterna entre o novo e o antigo, a direção e o roteiro de Colin Trevorrow até assumem de forma autoconsciente a superioridade do longa original, traduzida em piadas nem tão sutis de Ian Malcolm (Goldblum) para cima dos trejeitos de Owen (Pratt). Mas o que era para ser piada acaba se tornando só uma triste constatação: o maior foco do filme fica nos personagens e nas tramas que menos interessam.


Nota: 2/5



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