EXCLUSIVO: "Chorei muito no dia," diz Barbara Paz sobre escolha para representar o Brasil no Oscar

EXCLUSIVO: "Chorei muito no dia," diz Barbara Paz sobre escolha para representar o Brasil no Oscar

Conversamos com a diretora do documentário Babenco

Guilherme Jacobs
21 de janeiro de 2021 - 4 min leitura
Notícias

Este ano, o Brasil escolheu o documentário Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou como representante nacional na corrida pelo Oscar. O filme tenta ser indicado em Melhor Filme Internacional e Melhor Documentário na edição deste ano da premiação.


Em conversa exclusiva com o Chippu, a diretora do filme Barbara Paz, falou sobre a sensação de ser escolhida para representar o país. Ela também conversou conosco sobre o processo de criar o documentário, que registra os últimos dias do seu marido, o cineasta Héctor Babenco.



“A Academia Brasileira votar num filme tão pessoal, tão íntimo, de um cineasta que levou o Brasil para o mundo, levou o Brasil para o Oscar. Isso foi muito emocionante também," admitiu a diretora. "Eu chorei muito no dia que eu recebi a notícia porque eu vi ele rindo, eu vi o sorriso dele. Foi muito interessante a minha reação porque eu o vi falando ‘eu te falei!’”


Para Barbara, parte da emoção veio da escolha de um documentário, um gênero pelo qual ela tem grande carinho, para representar o Brasil. "Foi uma surpresa grande. Eu fui júri a uns anos atrás e eu lembro que documentário era uma coisa assim: as pessoas não votavam em documentário para concorrer. E eu falei: por que não? Era uma discussão isso," ela disse ao Chippu. “O Brasil, pela primeira vez na história do país, escolheu um documentário. Isso pra mim foi incrível porque abriu portas para uma infinidade de documentários maravilhosos que o Brasil faz todo ano.”


Mas nem tudo são rosas. Babenco não recebeu apoio financeiro ou suporte do governo do Brasil para montar sua campanha. Conseguir uma indicação no Oscar é caro e trabalhoso, já que envolve publicidade, exibir o filme para votantes no mundo inteiro e ganhar a atenção do máximo de pessoas possíveis.



“Não foi nenhuma surpresa a gente saber que não íamos receber apoio com um governo que não coloca cultura em primeiro lugar, nem em segundo, nem em terceiro, mas tem a cultura como vilões," declarou Paz. "Tem coisas mais prioritárias, eu concordo que hoje estamos passando por um momento de suspensão da humanidade, um momento muito triste na humanidade, mas nem esse lado está sendo apoiado como deveria. Então a gente tá passando por um terremoto aqui nesse país, mas nós artistas nunca nos paralisamos. A gente nunca se paralisou. Não é porque um governo não vai te apoiar que você vai paralisar e não fazer sua obra.”


Para combater essa adversidade, Barbara recorreu a financiamento coletivo.“A ideia foi minha, porque as instituições, Ancine… a gente não tem resposta. Todas as instituições federais. A única que abraçou a gente como pôde foi a Spcine, que está com a gente desde o início," explicou. Agora, Babenco busca arrecadar R$ 200 mil para financiar sua campanha pela indicação no Oscar. Você pode ajudar aqui.

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