O texto abaixo contém spoilers de “Jedi Caído”, quarto episódio de Ahsoka

Mestres e aprendizes compõem a base das principais histórias de Star Wars, e a própria Ahsoka Tano foi criada por Dave Filoni pensando nessa tradição. Mas poucas vezes essa dinâmica atua em tantas camadas de complexidade ao mesmo tempo quanto em “Jedi Caído”, o quarto - e melhor - episódio de Ahsoka até agora.

A urgência em encontrar o mapa que leva à localização de Thrawn em outra galáxia faz os ensinamentos do episódio anterior ficarem em segundo plano, enquanto Ahsoka (Rosario Dawson) e Sabine (Natasha Liu Bordizzo) se preparam para atacar a base de Morgan (Diana Lee Inosanto).

A padawan se veste com a armadura e equipamentos mandalorianos e, ainda insegura sobre sua capacidade de usar a Força, deixa o sabre de luz como último recurso quando a dupla é interceptada pela aprendiz Sith Shin Hati (Ivanna Sakhno), acirrando ainda mais a rivalidade que ainda deve se acentuar no restante da temporada.

Enquanto Sabine ainda sente os incômodos em voltar ao caminho Jedi, Ahsoka parece cada vez mais à vontade como uma mestra. A postura controlada e sábia realçada pela excelente interpretação de Dawson ganha ainda mais força nas coreografias de luta, em que a veterana luta com apenas um sabre e derrota Marrok (Paul Darnell) com apenas um golpe certeiro. A coreografia das lutas é, mais uma vez, um ponto alto da série, ainda que a manjada técnica de colocar cenas de ação à noite para mascarar efeitos visuais seja utilizada novamente.