
Ahsoka enfatiza ação em terceiro episódio frenético - Crítica Com Spoilers
Leve em progressão de narrativa, terceiro capítulo da série de Star Wars conta com boas sequências de ação

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O texto abaixo contém spoilers para "Hora de Voar," terceiro episódio de Ahsoka
Parece que toda série de Star Wars (tirando, claro, Andor) precisa ter um capítulo que deixa a progressão narrativa de lado para enfatizar as cenas de ação (talvez um sinal que essas histórias não precisem de tantos episódios), e com "Hora de Voar," chega a vez de Ahsoka continuar essa tradição. A terceira parte da série criada por Dave Filoni é mais uma coleção de cenas, algumas empolgantes e outras protocolares, do que um arco com começo, meio e fim. Aqui, Filoni parece ter pedido ao diretor Steph Green: faça Ahsoka Tano (Rosario Dawson) parecer a mestre que é.
Tal realização vem num combate espacial onde o escudo da nave de Ahsoka e Sabine (Natasha Liu Bordizzo) se prova o mais eficiente de toda a história da galáxia muito, muito distante, já que o veículo consegue receber inúmeros tiros de lasers sem aparentes danos e quando é finalmente abatido fica à deriva sem explodir.
Essa batalha acontece porque Ahsoka e Sabine precisam ir até às forças de Lady Morgan (Diana Lee Inosanto) sozinhas, já que a Nova República liderada por por Mon Mothma (Genevieve O'Reilly, a presença mais constante em Star Wars nos últimos 10 anos) não autoriza Hera (Mary Elizabeth Winstead) a formar uma força-tarefa para ajudar suas amigas, com um senador que com certeza não é um imperial infiltrado argumentando que tudo isso trata-se de uma desculpa para que elas tentem achar Ezra Bridger. Não importa que haja provas concretas de um plano inimigo. Estamos, afinal, falando dos governos do mundo de Star Wars. Algum deles foi competente?
A cena, pelo menos, dá a Mary Elizabeth Winstead a chance de atuar um pouco mais, e a determinação com a qual ela abate os argumentos da oposição mostra a capacidade da atriz de adicionar autoridade à personagem, tanto é que a resposta negativa da Nova República não é mostrada. É como se Green e Filoni soubessem que Hera venceria o debate e conseguiria as naves caso eles mostrassem mais. Também temos o primeiro vislumbre de Jacen Syndulla (Evan Whitten), filho de Hera com Kanan, o mestre de Ezra em Star Wars Rebels.
Então, temos a sequência de ação mencionada acima. Perseguidas pelas naves de Shin Hati (Ivanna Sakhno) e Marrok (Paul Darnell), as duas dependem de improviso, decisões acertadas e uma certa misericórdia da parte de Filoni e Green para sobreviverem (sério, nunca vi uma nave de Star Wars levar tanto tiro e ficar inteira). Mesmo com os saltos de lógica, o momento funciona primeiro por servir como continuação da breve cena de treinamento entre Ahsoka e Sabine no começo do capítulo, efetivamente mostrando que o sucesso da parceria delas não depende apenas do esforço de Sabine, mas da disposição de Ahsoka para ajudá-la. Ahsoka Tano não é mais a menina impulsiva das animações, mas pelo visto uma coisa não mudou: ela continua cabeça dura.
Segundo, a progressão da batalha é divertida e cheia de surpresas. A maior (literalmente) delas é o anel de hiperespaço que Morgan está construindo para buscar Thrawn em outra galáxia, mas a melhor é quando, com a energia da nave desligada, Ahsoka veste uma roupa de sobrevivência espacial, vai pra fora e, em gravidade zero, desvia alguns ataques inimigos e até abate uma nave usando seus Sabres de Luz. Exagero? Talvez. Legal? Demais. E se tem alguém que consegue escapar com isso, é a Jedi treinada por Anakin Skywalker.
Na verdade, a presença de Anakin continua existindo como uma sombra em Ahsoka. Quando o sempre divertido Huyang (David Tennant) menciona que Sabine, a pior candidata na história da Ordem, mantém o padrão de uma linhagem nada ortodoxa de Jedi, ele não está errado. Ahsoka foi, afinal, treinada pelo melhor candidato a Jedi.
"Hora de Voar" termina com Ahsoka e Sabine pousando na floresta do planeta abaixo do anel, mas não antes delas desviarem de um cardume de purgill, as baleias capazes de viajar no hiperespaço. Prestes a serem atacadas pelos dróides de Baylan Skoll (Ray Stevenson), elas interpretam isso como um sinal de que Ezra (e Thrawn) estão mais perto. Em outras palavras, o próximo episódio, que já marcará metade da temporada, contará com mais ação. Espero, porém, que ele coloque a história pra frente.
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