The Last of Us explica o que são os infectados em segundo episódio explosivo - Crítica com Spoilers

The Last of Us explica o que são os infectados em segundo episódio explosivo - Crítica com Spoilers

Adaptação de segmento jogável acerta ao dar vida ao mundo ao redor de Joel e Ellie

Bruno Silva
23 de janeiro de 2023 - 3 min leitura
Crítica

A história de The Last of Us é focada em seus personagens, cujo desenvolvimento fica no primeiro plano em relação ao cenário pós-apocalíptico que ronda Joel, Ellie e os demais integrantes do elenco. Sendo assim, é curioso que o segundo episódio da adaptação da HBO seja focado exatamente em explicar a quem assiste o que são os infectados e, surpreendentemente, como tudo começou.

Seguindo a ideia de expandir e dar mais contexto à obra original, o segundo episódio começa justamente na Indonésia, apontada como o epicentro da pandemia do cordyceps. O momento também mostra o fungo tomando conta do corpo humano, que pontua sutis diferenças do funcionamento dos infectados entre o jogo e a série.

A partir daí, o episódio se dedica a mostrar a jornada de Joel (Pedro Pascal), Ellie (Bella Ramsey) e Tess (Anna Torv) rumo ao prédio do capitólio local, para onde a dupla de contrabandistas precisa levar a garota e completar seu acordo com Marlene.

Adaptando o que, no jogo, é composto majoritariamente por segmentos jogáveis ou seja, em que você controla a maior parte da ação, a HBO preferiu optar por dar destaque aos infectados em vez de criar novas situações para o trio de protagonistas.

As mudanças, inclusive, servem para dar mais impacto a história contada em seu meio. O maior exemplo aqui está na troca dos esporos, que no jogo são o principal meio de transmissão da infecção fungal e exigem que os personagens usem máscara — o que, na série, obrigaria Pedro Pascal a encarnar outro de personagens e encobrir seu rosto.

No lugar, entra um sistema de consciência compartilhada no qual tocar nos fungos espalhados pela cidade entrega a localização do trio para todos os infectados espalhados pelo local.

O maior destaque do episódio acaba ficando para o design de produção e a maquiagem, que recriou as protuberâncias do cordyceps no corpo humano com uma fidelidade impressionante. O aterrorizante encontro com os clickers que pontua o parte intermediária do capítulo tem o mesmo impacto justamente pela aparência grotesca deste tipo de infectado, cujo crânio é aberto de dentro para fora pelo fungo, tornando-o uma criatura que se move pelo som.

Tudo converge para a grande bomba ao final do episódio, no qual Tess revela ter sido mordida por um infectado durante a perigosa travessia. A companheira de Joel decide se sacrificar para que a dupla possa seguir viagem, já que a horda de infectados, alertada da presença do trio, começa a correr em bloco até o capitólio, em mais um acerto da produção, que colocou a horda no lugar do batalhão militar da FEDRA que, no jogo, arma uma emboscada para o trio.

Agora, Joel e Ellie devem seguir sozinhos a sua jornada através dos Estados Unidos, dando, finalmente, o tom da história que todos conhecemos.

Nota da Crítica
Bruno Silva

0h 0min
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