DC Liga dos Superpets - Crítica do Chippu

DC Liga dos Superpets - Crítica do Chippu

Animação com “Liga da Justiça” de pets é bem-humorada e diverte, apesar do roteiro simples

Bruno Silva
28 de julho de 2022 - 3 min leitura
Crítica


Estamos tão acostumados com uma DC soturna e sóbria nos cinemas que, às vezes, nos esquecemos que as adaptações da editora nas telonas também são capazes de rir de si mesmas. É óbvio que os longas mais recentes dos heróis da Warner têm se aproximado desse tom de forma consciente, mas poucos são bem humorados de uma forma tão honesta quanto DC Liga dos Superpets.


A animação resgata um antigo companheiro do Superman: Krypto, o Supercão, que surgiu nas HQs da DC Comics nos anos 1960. Aqui, ele tem sua história de origem contada ao lado da de Kal-El, já que ambos fogem do moribundo planeta Krypton juntos rumo à Terra.


A parceria se consolida até que um acidente em uma luta da Liga contra Lex Luthor faz um pedaço de kriptonita laranja cair em um abrigo de animais. A partir daí, os bichinhos precisam resolver suas diferenças enquanto lutam para impedir a porquinha da índia Lulu, que foi animal de laboratório de Lex Luthor e também conseguiu superpoderes, de dominar o mundo, já que os heróis da Liga estão fora de combate.


A história é simples e, se você acompanhou qualquer filme de super-herói dos últimos dez anos, já deve ter visto pelo menos uma dúzia de vezes, na qual os heróis vão descobrindo suas verdadeiras vocações para muito além de seus poderes enquanto aprendem a trabalhar em equipe. Aqui, eles têm quatro patas — e isso faz toda a diferença.




Apesar de a história em geral seja previsível, existe uma entrega nos momentos que exigem emoção. Mérito para o estúdio de animação Animal Logic, que se encarregou de sucessos do gênero como Uma Aventura LEGO e foi recentemente adquirido pela Netflix.


Muito embora o longa não fuja muito do padrão hollywoodiano estabelecido pela Pixar, a Animal Logic sabe flertar com outros estilos artísticos e utilizá-los para dar uma carga dramática às situações do filme. Alguns dos melhores exemplos envolvem o simpático cão Ace, que tenta fugir do abrigo desencantado com suas chances de adoção, ou qualquer momento que envolva o Batman, uma versão soturna de um jeito especificamente engraçado.


Na versão americana, o destaque fica por conta do elenco estrelado, que conta com nomes como Dwayne Johnson como Krypto, Kevin Hart como Ace e estrelas do calibre de Keanu Reeves e Jameela Jamil dando vozes a Batman e Mulher-Maravilha, por exemplo. Assistimos à competente versão dublada em português, que traz nomes como Marco Luque e Priscilla Alcântara ao lado de nomes conhecidos do cenário como Guilherme Briggs, voz do Superman em animações da DC há anos no país.


O bom humor é a melhor marca de DC Liga dos Superpets, que consegue, em meio á leveza de sua história voltada ao público infantil, entregar emoção na hora certa. E talvez seja o que as adaptações de histórias da editora no cinema mais precisa.


3/5


Nota da Crítica
Bruno Silva

0h 0min
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