
Carros na Estrada - Crítica do Chippu
Série de curtas entrega o que promete: momentos leves e descontraídos que agradam crianças e adultos

Crítica
O Disney+ aposta mais uma vez em produções de curtas para personagens já conhecidos em seus universos. Depois de Eu sou Groot, da Marvel, vem Carros na Estrada, da Pixar. Com nove episódios, a série de curtas animados traz de volta Relâmpago McQueen (Owen Wilson) ao lado de seu “mió amigo” Tom Mate (Larry the Cable Guy) em uma viagem muito divertida.
Os dois carros mais simpáticos do cinema fazem várias paradas pelas cidades dos Estados Unidos – uma em cada episódio – que apesar de funcionarem de forma independente tem uma certa continuidade em pequenos detalhes. Para os fãs da trilogia de filmes de 2006, a dinâmica dos personagens continua a mesma, o que traz além de boas risadas, uma nostalgia ao assistir a série.
Apesar de os episódios não se manterem com o mesmo nível de qualidade de enredo, as aventuras vividas por McQueen e Mate são cheias de referências, como no segundo episódio que o clássico do cinema hollywoodiano, O Iluminado protagonizado por Jack Nicholson, é apresentado em um conto mais cômico do que assustador visando a faixa etária. A cena marcante do elevador de sangue e as gêmeas sinistras nos corredores no filme de 1980, foram introduzidas na história dos amigos carros tão sabiamente que foi o grande ápice da série animada.
A genialidade dos roteiristas em transformar elementos do nosso cotidiano em situações similares para o universo de Carros vem desde o primeiro filme, mas sempre de forma certeira que faz com que o telespectador se conecte com a história mais facilmente. Tal fórmula se repete no quarto episódio que fica marcado pela famosa lenda do Pé Grande, que aqui é refeita de forma que a criatura do mito se torna para o universo literalmente um caminhão monstro.
O ciclo dos personagens da Pixar encerrou muito bem com o filme de 2017, Carros 3. A série spin off consegue trazer conforto para os fãs que sentem saudades dos longas sem atrapalhar no desfecho da última produção.

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